Alta do dólar encarece pacotes CÂMBIO Algumas viagens já estão

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Alta do dólar encarece pacotes CÂMBIO Algumas viagens já estão
Veículo: Jornal do Commercio
Editoria: Economia
Coluna:
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Data: Quinta-feira, 17 de maio de 2012.
Alta do dólar encarece pacotes
CÂMBIO Algumas viagens já estão entre 10% e 15% mais caras por conta da
cotação da moeda americana. Clientes das agências reclamam
A alta do dólar foi um banho de água fria para quem estava de viagem marcada ao
exterior. Com uma cotação que ultrapassou a barreira dos R$ 2 esta semana
(ontem a moeda fechou exatamente nesse valor, com uma leve alta de 0,05%),
muitas agências estão tendo que enfrentar as reclamações dos clientes.
Pela previsão do mercado de turismo, quem já comprou os pacotes não irá desistir,
mas a instabilidade econômica internacional, puxada sobretudo pela conjuntura da
Grécia, pode fazer muita gente repensar o investimento. Para quem já está de
malas prontas, algumas dicas podem ajudar a evitar surpresas desagradáveis.
O aposentado Luiz Paulo Sampaio irá viajar com a esposa e duas filhas para
Santiago, no Chile, e precisará agora desembolsar 10% a 15% a mais do valor que
havia previsto inicialmente.
Para se ter outra ideia do impacto do câmbio, um pacote individual para Orlando
(EUA) – incluindo passagem aérea de ida e volta, cinco noites de hospedagem em
hotel quatro estrelas, quatro dias de tickets nos parques Disney, locação de veículo
e seguro viagem –, comercializado pela Taruman Tursimo está hoje cerca de R$ 400
mais caro do que no mês de abril.
“Há um mês, o câmbio estava, em média, R$ 1,85. Hoje ele está nos R$ 2,00, um
aumento de praticamente R$ 0,15”, calcula a consultora da Taruman Camila Brito.
“Mas é importante lembrar que esses valores são relativos, dependem, por
exemplo, da disponibilidade de voo, da categoria de hotel e de veículo’, lembra.
“O câmbio Iata (International Air Transport, de passagens aéreas) fechou hoje
(ontem) em R$ 1,9947, com expectativa de alta para os próximos dias. Há cerca de
quatro anos o Iata não chegava a esse patamar’, comenta a consultora de vendas
internacionais da STB/Academic Travel, Patrícia Motta. “Muita gente está
reclamando”.
LIMITE
“Até R$ 2,20, não acreditamos que as pessoas deixarão de viajar, mas quem
estava se programando já começa a repensar”, opina Larissa Marinsalta, da CT
Turismo. A situação prejudica sobretudo a nova classe média e aqueles que se
preparavam para ir ao exterior pela primeira vez.
Ana Cláudia Neves, da Ampla Tur, lembra ainda que a alta está chegando aos
pacotes marítimos. “Com o dólar baixo, os cruzeiros estavam em alta no Brasil,
concorrendo diretamente com os resorts, sobretudo os nordestinos”, diz ela. “Há
hoje pacotes para o Natal que já estão cerca de R$ 500 mais caros por casal”,
calcula.
Compra antecipada deve reduzir custos
Quem está se preparando pode se precaver em vários pontos. Camila Brito, da
Taruman, comenta que é importante definir logo o roteiro para não ficar refém dos
preços de última hora. “Quanto mais próximo da data de embarque, mais cara fica
a passagem. O ideal é comprar com pelo menos 30 ou 40 dias de antecedência”.
“Também corre-se o risco de não encontrar mais os quartos standards, mais em
conta e, por isso, mais disputados”, observa. Ela lembra ainda do voo Recife-
Panamá-EUA que começará a operar no fim do mês, com tarifas mais acessíveis,
próximas de U$S 1 mil.
“Também é bom evitar usar cartão de crédito lá fora, para não ficar refém de uma
cotação alta no dia do fechamento da fatura. Isto sem contar com o IOF (Imposto
sobre Operações Financeiras), que também encarece as transações”, aconselha
Patrícia Motta, da STB. “O ideal é usar os cartões pré-pagos internacionais, que
permitem débito e saque e são amplamente aceitos no exterior”.
Alguns turistas que fizeram reserva em sites de hospedagem podem sair perdendo.
Nesse caso, a dica de Ana Cláudia, da Ampla, é procurar saber logo o câmbio
utilizado e que valor irá pagar para conseguir se organizar com antecedência.
PREVISÕES
“O governo está se sentindo bem à vontade com o câmbio a R$ 2. Em tese, facilita
as exportações e diminui as importações. Mas, por outro lado, também inibe o
turismo e os gastos dos brasileiros lá fora”, analisa o economista Osvaldo Moraes.
“A médio prazo, acredito que o dólar terá um viés de valorização frente ao real e
outras moedas. Num longo prazo, pode se desvalorizar, já que a recuperação dos
EUA é lenta e não está pautada numa consolidação da economia americana”.
Moraes aconselha aqueles que forem viajar ir comprando o dólar aos poucos, para
conseguir, ao final, atingir um câmbio médio.
Para o professor da Faculdade Boa Viagem Marcelo Barros também é pouco
provável que o dólar volte para o patamar de R$ 1,50 ou R$ 1,60. “O governo já
falou várias vezes que essa taxa é bastante predatória para a economia nacional. A
situação, daqui para frente, irá depender do cenário internacional, sobretudo da
saída ou não da Grécia da zona do euro. Se isso acontecer, será a primeira vez que
um país deixará uma união monetária, o que provavelmente desembocará numa
situação fiscal instável”

Benzer belgeler

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